quinta-feira, março 23, 2006

Cidadezinha cheia de graça...


Cidadezinha cheia de graça...
Tão pequenina que até causa dó!
Com seus burricos a pastar na praça...
Sua igrejinha de uma torre só...

Nuvens que venham, nuvens e asas,
Não param nunca nem um só segundo...
E fica a torre, sobre as velhas casas,
Fica cismando como é vasto o mundo!...

Eu que de longe venho perdido,
Sem pouso fixo (a triste sina!)
Ah, quem me dera ter lá nascido!

Lá toda a vida poder morar!
Cidadezinha... Tão pequenina

Que toda cabe num só olhar...

(Mario Quintana)

Um comentário:

Anônimo disse...

Que beleza de poema !! Beijos de luz, Sand.